Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2021

Diário de um homem supérfluo: uma leitura

Pétri de vanité, il avait encore plus de cette espèce d’orgueil, qui fait avouer avec la même indifférence les bonnes comme les mauvaises actions, suite d’un sentiment de supériorité, peut-être imaginaire. (Pushkin, Eugene Onéguine ) Tchulkaturin é daquelas personagens que têm, a princípio, a capacidade de suscitar a simpatia do leitor. Moribundo, começa a narrar sua vida, e começa na infância. Criança infeliz, embora tivesse conforto material e o amor dos pais, suas alegrias se resumiam às brincadeiras no jardim, à amizade de seu cachorro e ao amor que tinha pela criada da casa. Com a morte de seu pai, que o faz chorar copiosamente e o marca definitivamente, muda-se com a mãe e tem de dar adeus ao seu querido jardim como um homem a sua pátria. Quer dizer, já pequeno conhece o degredo, o viver sem pertencer. Tchulkaturin se reconhece e se autodenomina um homem supérfluo , uma quinta roda, por assim dizer, e se sente assim desde criança. Faz condoer o leitor sensível quando relata: ...